A Shein, renomada empresa de fast-fashion, apresentou confidencialmente um pedido de abertura de capital nos Estados Unidos, segundo fontes informaram ao Wall Street Journal nesta segunda-feira. Projetando uma avaliação de US$ 90 bilhões, equivalente a cerca de R$ 450 bilhões, a gigante do setor busca concretizar sua oferta inicial de ações (IPO) em 2024.
A empresa está colaborando com os bancos de investimento Goldman Sachs, JPMorgan Chase e Morgan Stanley, que foram designados como coordenadores da oferta. A Shein, conhecida por sua presença global e sucesso no mercado de moda online, não emitiu comentários sobre o assunto.
A expectativa de avaliação da Shein, superior a US$ 60 bilhões, a posiciona para se tornar a empresa chinesa mais valiosa a abrir capital nos EUA desde a Didi Global, que estreou em 2021 com uma avaliação de US$ 68 bilhões. Embora essa estimativa seja menor do que a avaliação de US$ 100 bilhões alcançada pela Shein em uma rodada de investimentos em 2022, a empresa almeja impulsionar sua receita anual de US$ 22,7 bilhões no último ano para impressionantes US$ 58,5 bilhões até 2025.
Caso confirmada, a listagem da Shein representará uma das maiores ofertas públicas iniciais da última década, potencialmente revitalizando o mercado de IPOs após dois anos de desempenho modesto. A parceria da Shein com o SPARC Group, joint venture entre a Authentic Brands, proprietária da Forever 21, e a Simon Property, operadora de shopping centers, contribui para a expansão do modelo fast-fashion nos EUA.
O IPO da Shein é aguardado como um evento significativo no cenário financeiro, com expectativas de que mais empresas ingressem na bolsa no próximo ano, apesar da possibilidade de uma retomada gradual nos lançamentos de IPOs.