Os juros futuros no Brasil registraram o quarto dia consecutivo de aumento moderado, seguindo a tendência dos Treasuries americanos. O movimento nos Estados Unidos foi impulsionado por dados de mercado de trabalho que indicaram uma economia mais aquecida, reduzindo as expectativas de um corte na taxa de juros em março.
O contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 fechou com uma taxa de 10,050%, acima do ajuste anterior de 10,033%. Outros contratos também apresentaram elevações, como para janeiro de 2026 (9,641% para 9,700%), janeiro de 2027 (9,761% para 9,825%) e janeiro de 2029 (10,144% para 10,200%).
Os aumentos nos juros futuros brasileiros seguiram os movimentos nos Estados Unidos, onde as taxas da T-Note de dois anos e de dez anos avançaram. O aumento das taxas foi uma reação a dados do mercado de trabalho americano, incluindo um relatório da ADP indicando a criação de 164 mil empregos no setor privado em dezembro, superando as expectativas.
O mercado agora aguarda o relatório mensal de emprego nos EUA, conhecido como payroll, que será divulgado nos próximos dias. O ambiente de incerteza externa tem impactado as taxas de juros no Brasil, mesmo com fatores internos, como leilões de títulos públicos, que deveriam reduzir as taxas, sendo ofuscados pelos desenvolvimentos externos.